Brasil
In this article, I examine some aspects of the epistemic dimension of hermeneutic phenomenology. Initially, I show how the methodological strategies of hermeneutic phenomenology carry out some justification procedures that are compatible with epistemic conservatism. Next, I reconstruct the self-criticisms elaborated by Heidegger to the general results of his own interpretation of biological life. The conclusion is that the animal world-poverty thesis shall be abandoned or restricted, because it results from an argumentative procedure that contains a mereological fallacy. I highlight then Heidegger's use of a hermeneutic tool that has no counterpart in epistemic conservatism: the introduction of affective attunements in the assesment of the hermeneutic situation. The article concludes with a critical remark on the aestheticist interpretation of hermeneutic phenomenology.
No presente artigo, examino alguns aspectos da dimensão epistêmica da fenomenologia hermenêutica. Inicialmente, mostro como as estratégias metódicas da fenomenologia hermenêutica contém procedimentos justificacionais que são compatíveis com o conservadorismo epistêmico. A seguir, reconstruo as autocríticas elaboradas por Heidegger aos principais resultados de sua própria interpretação da vida biológica. A conclusão é que a tese da pobreza de mundo dos animais precisa ser abandonada ou restringida, porque ela resulta de um procedimento argumentativo que contém uma falácia mereológica. Ressalto a seguir o emprego por Heidegger de um recurso hermenêutico sem correspondente no conservadorismo epistêmico: a consideração da dimensão das sintonias afetivas na avaliação da situação hermenêutico. O artigo é concluído como um comentário crítico sobre a interpretação esteticista da fenomenologia hermenêutica.
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