Este artículo analiza las transformaciones de las prácticas financieras de los sectores populares del cordón industrial rosarino durante los gobiernos kirchneristas. En este periodo, los trabajadores de la economía popular accedieron por primera vez al crédito al consumo de forma masiva, como consecuencia de su incorporación al sistema de protección social y de la formalización parcial de trabajos precarios. Los trabajadores percibieron esta transformación de forma ambivalente: por un lado, el acceso a dicho crédito significó una forma de inclusión para quienes no habían tenido acceso a este por falta de ingresos estables; por otro lado, expuso a los trabajadores de la economía popular a una nueva forma de explotación basada en el desfasaje temporal entre las finanzas y el trabajo precario, que agudizó las estratificaciones vigentes dentro de los sectores populares. Para incluir sin explotar, resulta imprescindible vincular finanzas y derechos.
This paper considers the way in which the financial practices of informal workers changed during the Kirchner governments (2003-2015). In this period, popular economy workers massively accessed to consumer credit, as a consequence of their incorporation into the social protection system and the partial formalisation of precarious jobs. Workers experienced this change in an ambivalent way: while accessing to consumer credit is considered an element of social inclusion, it also exposes workers to a new form of exploitation, based on the discrepancy between the (monthly based) time of finance and the (erratic) time of work, that tend to exacerbate inequalities. In order to include without exploiting, it is thus necessary to connect finance with social rights.
Este artigo analisa as transformações nas práticas financeiras dos setores populares da cintura industrial de Rosário durante os governos Kirchneristas. Durante este período, os trabalhadores da economia popular tiveram pela primeira vez acesso ao crédito ao consumo em grande escala, como resultado da sua incorporação ao sistema de proteção social e da formalização parcial dos empregos precários. Os trabalhadores perceberam esta transformação de forma ambivalente: por um lado, o acesso a esse crédito significava uma forma de inclusão para aqueles que não tinham tido acesso a ele devido à falta de rendimentos estáveis; pelo outro, expus aos trabalhadores da economia popular a uma nova forma de exploração baseada no defasagem temporário entre o financiamento e o trabalho precário, o que agravou as estratificações presentes no seio dos sectores populares. Para incluir sem explorar, é essencial vincular financiamento e direitos.
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