Este artículo explora el carácter iberista de la Federación Anarquista Ibérica (F.A.I.) y del pensamiento libertario portugués y español en los años veinte y treinta. En primer lugar, son historiadas las relaciones entre los movimientos anarquistas de los dos países - convocando debates coevos en torno de los principios de solidaridad e internacionalismo – sin ignorar las especificidades de sus respectivas coyunturas. El enfoque incide enseguida sobre los años de actividad de la F.A.I., reflejando el contexto que ha dictado su fundación y mapeando el camino que, finalmente, ha dictado su ocaso, bien como el de todo el movimiento anarquista peninsular. Marcada que ha sido por su participación en la Guerra Civil, la historiografía que se ha debruzado sobre la F.A.I. tiende a ignorar la dimensión transnacional que estuvo en su germen. Aun que, de forma sumaria y fragmentaria, llenar ese hueco puede contribuir para profundar significativamente la historia del anarquismo peninsular. Además de ter contado con el envolvimiento de las principales figuras del movimiento anarquista de los dos lados de la frontera en su formación, los debates que tuvieran lugar en la F.A.I. son indispensables por comprender la evolución de las estrategias adoptadas pelos anarquistas ibéricos delante de coyunturas progresivamente más represivas. Contrariando un nacionalismo metodológico particularmente nocivo cuando aplicado a movimientos con carácter internacionalista y anti-estatal, este articulo pretende destacar lo lugar de la F.A.I. tanto como solución de recurso como ideal internacionalista.
O presente artigo explora a dimensão iberista da Federação Anarquista Ibérica (F.A.I.) e, por extensão, do pensamento libertário português e espanhol, dos anos vinte e trinta. Num primeiro momento, são historiadas as relações entre os movimentos anarquistas dos dois países - convocando debates coevos em torno de princípios como a solidariedade e o internacionalismo -, não sendo ignoradas as especificidades das respetivas conjunturas. De seguida, o enfoque recai sobre os anos de atividade da F.A.I., refletindo-se acerca do contexto que ditou a sua formação e mapeando-se o caminho que, finalmente, ditaria o seu ocaso, bem como o de todo o movimento libertário peninsular. Marcada que foi pela sua participação na Guerra Civil espanhola, muita da historiografia que se debruçou sobre a F.A.I. tende a ignorar a dimensão transnacional que esteve no seu gérmen. Ainda que de forma sumária e fragmentária, preencher essa lacuna pode contribuir para aprofundar significativamente a história do anarquismo peninsular. Para além de na sua formação terem estado envolvidos os principais vultos dos movimentos libertários de ambos os lados da fronteira, os debates tidos no seio da F.A.I. tornam-se indispensáveis para compreender a evolução das estratégias adotadas pelos anarquistas ibéricos perante conjunturas progressivamente mais repressivas. Contrariando um nacionalismo metodológico, particularmente danoso quando aplicado a movimentos com um carácter iminentemente internacionalista e anti-estatal, este artigo pretende destacar o lugar da F.A.I. simultaneamente enquanto solução de recurso e ideal internacionalista.
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