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Problematizar las relaciones espacio-sujeto-situación de calle: el caso del Censo Popular en Buenos Aires, Argentina

    1. [1] Universidad de Buenos Aires/CONICET, Buenos Aires, Argentina
  • Localización: Revista colombiana de sociología, ISSN 0120-159X, ISSN-e 2256-5485, Vol. 43, Nº. 2, 2020 (Ejemplar dedicado a: Ciudadanías en cuestión: 'habitantes de calle', 'indigentes', 'sin techo')
  • Idioma: español
  • Títulos paralelos:
    • Problematizar as relações espaço-sujeito-situação de rua: o caso do Censo Popular em Buenos Aires, Argentina
    • Problematizing the space-subject-situation of the street relations: the case of the Popular Census in Buenos Aires, Argentina
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      El presente trabajo tiene como objetivo describir las dimensiones metodológicas y ético-políticas del Censo Popular de Personas en Situación de Calle, realizado en la Ciudad de Buenos Aires (Argentina) en los años 2017 y 2019. Frente al incumplimiento de la Ley 3706 que establece que el gobierno local debe realizar un “relevamiento anual de las personas en situación de calle o en riesgo a la situación de calle con información desagregada que posibilite un diagnóstico y fijar políticas puntuales para los distintos subgrupos” (Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires, 2010), un conjunto de organizaciones sociales y políticas junto con organismos gubernamentales de exigibilidad de derechos y personas en situación de calle llevaron a cabo el relevamiento de manera autogestiva.Se recurre al método de caso ampliado o análisis situacional (Martínez, 2017) para presentar el Censo Popular (cp) como un caso para discutir las metodologías de conteo de personas en situación de calle y visibilizar la potencialidad de la organización colectiva como herramienta de transformación social e incidencia política. No se discuten los resultados de los cp del 2017 y 2019, sino que a partir del análisis de fuentes primarias y secundarias se estudian los modos en que el cp expone diferentes formas de violencia sobre las personas en situación de calle y de participación social.Se concluye que el cp trasciende lo que fue llamado censo-evento y se convierte en un censo-movimiento, es decir, un consorcio de organizaciones sociales, políticas y comunitarias que se configura como un actor social que desarrolla acciones antes, durante y con posterioridad al censo-evento. El censo-movimiento se presenta como una alternativa a esa maquinaria de producción al dar lugar para que se desplieguen procesos de singularización (Giattari y Rolnik, 2013). A partir de esos procesos se rechazan los modos de codificación preestablecidos para abordar la situación de calle como problema social complejo, con el fin de agenciar modos de sensibilidad y creatividad desde los que se producen subjetividades resistentes y deseantes.

    • English

      The paper describes the methodological and ethic-political dimensions of the Popular Census of Homeless People conducted in the City of Buenos Aires (Argentina) in 2017 and 2019. Law 3706 establishes that the government of the city has to conduct an “annual survey of homeless people and people at risk of becoming homeless that provides disaggregated information that helps to diagnose and come up with specific politics for different subgroups” (Government of the City of Buenos Aires, 2010). Given the fact that the Government of the City of Buenos Aires does not comply with that law, a group of social and political organizations alongside three advocacy rights government offices at the local level and homeless people organized and carried out two Popular Census of Homeless People.We resort to the extended case method or situational analysis (Martínez, 2017) to present the Popular Census (pc) as a case to discuss the methodologies for counting homeless people and to make visible the collective organizational potential that functions as a tool for social and political change. The results of the 2017 and 2019 pcs are not discussed here, but we analyze the ways in which the pc exposes forms of social participation as well as different forms of violence exerted over the homeless people, achieved through the analysis of primary and secondary sources.We conclude that the pc transcends what is called census-event and becomes a census-movement. That is a group of social, political, and neighborhood organizations that grows into a social actor with the ability to conduct actions before, during, and after the census-event. The census-movement becomes an alternative that objects the established ways of coding the complex problem of homelessness and provides the opportunity for processes of singularization to emerge (Giattari & Rolnik, 2013). These processes of singularization allow the appearance of sensitivities and creativity from where to produce resistant and desiring subjectivities.

    • português

      O objetivo deste trabalho é descrever as dimensões metodológicas e ético-políticas do Censo Popular de pessoas em situação de rua, realizado na cidade de Buenos Aires (Argentina) nos anos 2017 e 2019. Em caso do não cumprimento da Lei nº 3706 que estabelece que o governo local deve efetuar um “pesquisa anual das pessoas na rua ou em risco de situação de rua com informações desagregadas que possibilitam diagnosticar e definir políticas específicas para os diferentes subgrupos” (Governo da Cidade de Buenos Aires, 2010), um grupo de organizações sociais e políticas em conjunto com órgãos governamentais para a aplicação de direitos e indivíduos em situações de rua conduziram a pesquisa de forma auto-gerenciada.O método de caso estendido ou a análise situacional é utilizado (Martínez, 2017) para apresentar o Censo Popular (cp) como um caso para discutir as metodologias de contagem de pessoas na rua e tornar visível o potencial da organização coletiva como ferramenta de transformação com incidência social e política. Embora não sejam debatidos os resultados dos Censos Populares de 2017 e 2019, a partir do estudo de fontes primárias e secundárias analisam-se as formas pelas quais o cp expõe diferentes formas de violência contra pessoas em situação de rua e participação social.Conclui-se que o cp transcende o que foi chamado de evento censitário e torna-se em um movimento censitário, isto é, um consórcio de organizações sociais, políticas e comunitárias que se configura como ator social que desenvolve ações antes, durante e depois do evento censitário. O movimento censitário se apresenta como uma alternativa a essa máquina de produção, dando origem à implantação de processos de singularização (Giattari & Rolnik, 2013). A partir desses processos, os modos de codificação pré-estabelecidos são rejeitados. Nesse sentido a situação da rua é conceituada como um problema social complexo; e assim agenciam-se modos de sensibilidade e criatividade a partir dos quais são produzidas subjetividades resistentes e desejantes.


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