El naufragio en la carrera de la India fue considerado por los portugueses como un evento trágico, porque causó pérdidas irreparables de vidas humanas y mercancías. Ante la pérdida y el sufrimiento, muchos tomaron la Historia Trágico-Marítima como una serie de informes en completa oposición a la epopeya de Ultramar. Sin embargo, en la presente investigación, no nos detendremos en los informes de naufragios, sólo con el foco en los episodios de muertes provocadas por las ambiciones y errores técnicos de sus marineros, sino que tomaremos la muerte en un sentido más profundo, como conservación espiritual e interrupción en el proceso de alteridad. Por tanto, en este sentido, la muerte se verá aquí como un desenlace moralista que interviene en el relato para impedir la asimilación total de las demás costumbres. Ésta es la tensión que determina las experiencias iniciáticas de los náufragos, proporcionando a los lectores un cuadro de marineros que creen en el acto sacrificial de viajar al exterior, conformados en su lugar familiar de fe y memoria divina.
The shipwreck in India's career was considered by the Portuguese as being a tragic event, because it caused irreparable losses of human lives as well as commodities. Facing loss and suffering many took the Tragic- Maritime History for a set of reports in complete opposition to the epic of the Overseas. However, in the present investigation, we will not dwell on shipwreck reports only with focus on the episodes of deaths caused by the ambitions and technical errors of their sailors, but we will take death in a deeper sense, as spiritual conservation and interruption in the process of alterity. Therefore, in this sense, death will be seen here as a moralistic outcome that intervenes in the account to prevent the full assimilation of the other customs. This is the tension that determines the initiatory experiences of the shipwrecked, providing readers with a cadre of sailors believing in the sacrificial act of overseas travel, conformed in their familiar place of belief and divine memory.
O naufrágio na carreira da Índia era considerado pelos portugueses um evento trágico por excelência, visto que causava perdas irreparáveis em se tratando de vidas humanas e bens mercantis. Diante de toda perda e todo sofrimento representados, muitos tomaram a História Trágico-Marítima por um conjunto de relatos em contraposição plena aos elogios épicos do Ultramar. No entanto, na presente investigação, não nos ateremos aos relatos de naufrágio somente com foco nos episódios das mortes causadas por ambições e erros técnicos de seus marinheiros, mas tomaremos a morte num sentido mais profundo, como conservação espiritual e interrupção no processo de alteridade. Portanto, nessa esteira, a morte será vista aqui como um desfecho moralista que intervém no relato para impedir a assimilação plena dos costumes do outro. Eis a tensão que determina as experiências iniciatórias dos náufragos, proporcionando aos leitores um quadro de marinheiros crentes no ato sacrifical das viagens ultramarinas, conformados em seu familiar lugar de crença e de divina memória.
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