Elaborada na França e na Inglaterra, na década de 1980, tendo como figuras centrais o sociólogo, filósofo e antropólogo Bruno Latour, o engenheiro e sociólogo Michel Callon e o sociólogo John Law, a Actor-Network Theory (ANT), ou Teoria Ator-Rede, como normalmente é traduzida no Brasil, é hoje uma das mais preeminentes vertentes dos Science and Technology Studies (STS) e uma das perspectivas mais inovadoras e “descentradoras” (para o bem ou para o mal) no horizonte das ciências humanas. Entre outras coisas, é comumente “creditada” pela proposição de uma nova ontologia para o mundo, pela atribuição de cidadania aos não humanos na seara de reflexão das ciências humanas e por um “espraiamento” de agência (agency) para além dos limites do humano. Embora inicialmente forjada para dar conta de situações mais ou menos delimitadas, como desenvolvimentos científico-laboratoriais, aos poucos a ANT foi sendo ampliada para contextos mais amplos, para novas temáticas e outros campos disciplinares, como arte, comunicação, sociologia, antropologia e administração.
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