Es reseña de:
Imagens de Cura: Ayahuasca, imaginação, saúde e doença na Barquinha
Marcelo Mercante
Rio de Janeiro : Fiocruz, 2012
Desde a física quântica nas ciências exatas até as correntes da pós-modernidade nas ciências humanas, vem sendo largamente questionada a divisão entre sujeitos⁄objetos, corpo⁄alma, eu⁄x outrx1 (Haraway, 1995) traçada pelo saber da modernidade. Em campos aparentemente tão dissímeis como a etnobotânica, a antropologia e a neurociência, a teorização sobre práticas psiconáuticas está contribuindo para o reencantamento desse espaço que foi rejeitado como inabordável ou mesmo inexistente pelo racionalismo científico: os dejetos da não ciência. No caso do Brasil, pesquisadorxs que se aproximam das matrizes religiosas ayahuasqueiras estão contribuindo vivamente para esse trabalho de “reencantamento” do fazer e do pensar científico, refletindo sobre experiências advindas de realidades que foram convencionalmente tidas como “extra-ordinárias” (David & Goulet, 1994) pelxs agentes da ciência inscritos na modernidade.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados