Les plages de Rio de Janeiro sont considérées comme l'un des espaces les plus démocratiques de la ville parce qu'elles sont fréquentées par les baigneurs/baigneuses de différents quartiers et couches sociales. Cependant, l'Operação Verão (Opération Été), une politique de sécurité menée sur les plages par la Police militaire et la Garde municipale, peut limiter cette démocratie. Cette opération a parmi ses objectifs la prévention des dénommés arrastões, vols en bande organisée supposément perpétrés par des jeunes de banlieues. Le but de cet article est d'analyser la surveillance à laquelle ces jeunes sont soumis sur les plages, à travers le regard des agents de sécurité qui effectuent des opérations policières. Pour atteindre cet objectif, une étude ethnographique sur l'Operação Verão sera présentée, à travers de laquelle les résultats des entretiens et des observations effectuées avec les agents sur les plages seront exposés. L'analyse des données montrera comment la stratégie qui vise à contrôler l'espace public limite et gêne l'accès à la plage pour un certain segment de la population déjà historiquement criminalisé à Rio de Janeiro: les jeunes des banlieues.
As praias do Rio de Janeiro são consideradas um dos espaços mais democráticos da cidade, porque são frequentadas por banhistas de diferentes bairros e camadas sociais. Contudo, a Operação Verão (OV), uma política de segurança realizada nas praias pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal, pode limitar esta democracia. A OV tem entre seus objetivos a prevenção dos chamados arrastões, supostamente cometidos por grupos de jovens provenientes dos subúrbios. O propósito deste artigo é analisar a fiscalização à qual está sujeita esta juventude nas praias, através do olhar dos/das agentes de segurança que realizam o policiamento. Para alcançar o objetivo, será apresentado um estudo etnográfico sobre a OV, no qual se divulgam os resultados de entrevistas e observações realizadas junto dos/das agentes nas praias. A análise dos dados demonstrará como a estratégia que visa controlar o espaço público limita e dificulta o acesso à praia para um determinado segmento da população já historicamente criminalizado no Rio de Janeiro: a juventude suburbana.
The beaches of Rio de Janeiro are considered to be amongst the city's most democratic areas, as they are frequented by people who represent a wide range of economic and social classes. Despite this fact, Rio's Guarda Municipal and the Brazilian Military Police put in place the beach security policy entitled Operação Verão (Operation Summer), which serves to limit this democracy. Amongst the operation's aims is the prevention of the so-called arrastões, aggressive acts supposedly committed by groups of young people from the suburbs. The purpose of the article is to analyze how these disadvantaged youths were monitored during the beach patrols, as seen through the eyes of the law enforcement officers who implemented this policy. To achieve this goal, an ethnographic study of Operação Verão will be presented, examining the observations of the law enforcement officers' work on the beaches and the interviews conducted. The analysis of the data shows how this strategy, which aims to control public space, both limits and hinders access to the beach for a certain segment of the population already historically criminalized in Rio de Janeiro: the youth from the suburs.
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