Este artigo analisa uma proposta de Ordenamento Territorial Indígena apresentada ao Estado colombiano por ACIYA (Asociación de Capitanes Indígenas del Yaigojé-Apaporis), uma organização indígena local da Amazônia, no ano 2000. A proposta faz parte de um processo que visa consolidar os novos direitos dados aos índios pela Constituição de 1991 -como a autonomia dos seus territórios, formas de organização e de vida-, mas ao mesmo tempo está enquadrada na perspectiva do desenvolvimento sustentável. Os índios misturam categorias nativas e ocidentais para validar às suas reivindicações, em especial às de Direito Natural e “manejo do mundo”. Focando nestas duas categorias, se examina seu uso e concluise que a proposta opera como uma forma de “colonização da consciência” que pode levar aos indígenas a descobrir a noção ocidental de natureza.
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