Mitologías del bullying: falsos perfiles de víctimas y agresores

• Fernando Gil Villa ^[1]
  1. [1] Universidad de Salamanca

     Universidad de Salamanca

     Salamanca, España

     
• Localización: Pedagogía social: revista interuniversitaria, ISSN-e 1989-9742, Nº. 35, 2020, págs. 21-32
• Idioma: español
• Títulos paralelos:
  • Mitologías no bullying: Falsos perfis de vitimas e agressores
  • Bullying's mythologies: False profiles of victims and agressors
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• Resumen
  • español

    El acoso escolar es un problema social complejo. La mayor parte de los estudios utilizan instrumentos de medición basados en autoinformes analizados desde el área de psicología. Es necesario concitar investigaciones desde otras perspectivas disciplinarias y metodológicas. La sociología de la educación, en la tradición representada por Pierre Bourdieu, conecta desde el punto de vista epistemológico con la perspectiva freiriana dirigida a fomentar una pedagogía de la autonomía que remonte la práctica educativa espontanea. Como ejemplo, en este trabajo se analizan los discursos que teje la opinión pública a nivel de sociología espontánea acerca de la naturaleza de las víctimas y los agresores del acoso escolar. Así como la pobreza no debe ofrecerse como causa de la violencia, así tampoco un pasado de experiencias violentas, el fracaso escolar o la pertenencia a ciertos grupos sociales especialmente vulnerables, como inmigrantes o gitanos, pueden esgrimirse como explicaciones del maltrato. Pero aunque las creencias sean manifiestamente erróneas desde el punto de vista empírico, pueden tener consecuencias reales: realimentan el problema al impedir comprenderlo y solucionarlo. Y es el caso que, casi medio siglo de investigación del bullying, este no parece ceder.

  • português

    O bullying é um problema social complexo. Normalmente, os estudos usam questionários autoadministrados e analisados na área da psicologia. É necessário realizar pesquisas de outras perspectivas disciplinares e metodológicas. A sociologia da educação, na tradição representada por Pierre Bourdieu, liga-se, do ponto de vista epistemológico, à perspectiva freiriana, com o objetivo de promover uma pedagogia da autonomia que supere a prática educacional espontânea. Nesse sentido, o artigo analisa os discursos que tecem a opinião pública no nível da sociologia espontânea ao redor da natureza das vítimas e agres-sores do bullying. Assim como a pobreza não deve ser vista como causa de violência, um passado de experiências violentas, o fracasso escolar ou mesmo o fato de pertencer a certos grupos sociais especialmente vulneráveis, como imigrantes ou ciganos, não se deveria propor como explicação para o abuso. Mais mesmo que as crenças sejam manifestamente errôneas do ponto de vista empírico, elas podem ter consequências reais: elas reforçam o problema impedindo o entendimento e a resolução. Isso poderia explicar em parte a persistência do fenómeno do bullying depois de meio século de pesquisas.

  • English

    Bullying is a complex social problem. Most of the studies use measuring instru-ments based on self-reports analyzed from the area of psychology. It is necessary to conduct research from other disciplinary and methodological perspectives. The sociology of educa-tion, in the tradition represented by Pierre Bourdieu, connects from the epistemological point of view with the Freirian perspective aimed at fostering a pedagogy of autonomy that traces Spontaneous Educational Practice. As an example, this paper analyzes the discourses that weaves public opinion at the level of spontaneous sociology about the nature of victims and bullies of bullying. Just as poverty should not be offered as a cause of violence, neither can a past of violent experiences, school failure, or belonging to certain especially vulnerable social groups –such as immigrants or gypsies– be used as explanations of abuse. But even if beliefs are manifestly erroneous from an empirical point of view, they can have real consequences: they reinforce the problem by preventing understanding and solving it. And it is the case that, almost half a century of bullying research, this does not seem to yield.