Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Morte, celebração e sátira: sentido de humor e crítica social em "O defunto inaugural: relato de um fantasma," de Aníbal Machado

  • Autores: Diana Simões
  • Localización: Etudes romanes de Brno, ISSN 1803-7399, Vol. 40, Nº. 2, 2019, págs. 49-64
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Death, Celebration, and Satire: Sense of Humor and Social Criticism in “O Defunto Inaugural: Relato de um Fantasma” [“The Inaugural Death: A Ghost’s Story”], by Aníbal Machado
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      Death in literature is a construction, a representation of an abstract concept. In a mimetic scenario, dead people are unable to speak and, certainly, unable to write books. However, dead voices have been used for centuries to tell stories, since the Greek heritage of Lucian of Samosata’s Dialogues of the Dead (II century) to Machado de Assis’s Brazilian novel The Posthumous Memoirs of Brás Cubas (1881), all the way into the twenty-first century. Through the lens of the fantastic, this article analyses the use of fictional posthumous narration in the short story “O Defunto Inaugural” [“The Inaugural Death”], by Aníbal Machado, which challenges the narrative conventions of verisimilitude by presenting an impossible character according to the laws of nature. I question the overall reason a dead voice is more appropriate to tell a particular story, and challenge the limited scope of Tzvetan Todorov’s definition of the fantastic by contrasting it with Rosemary Jackson’s broader approach to the fantastic as a type of literature productive in conveying the uncanny feeling of displacement in relation to certain social and political systems. I highlight the potential of posthumous narration as a means to uncover and discuss relevant contemporary issues of personal, political, and social identity, because, as a transcendent figure, this dead man has the authority to speak the truth and reveal secrets. Death provides a safe space to tell a side of the story that they kept silent while alive.

    • português

      Em literatura, a morte é uma construção, a representação de um conceito abstrato. Num cenário mimético, os mortos são incapazes de falar e, certamente, incapazes de escrever livros. No entanto, vozes defuntas têm sido usadas durante séculos para contar histórias, desde a herança grega dos Diálogos dos Mortos, de Luciano de Samósata (século II d.C.), passando pelas Memórias Póstumas de Brás Cubas, do brasileiro Machado de Assis (1881), até aos nossos dias. Através da lente do fantástico, este artigo analisa o uso da narração póstuma ficcional no conto “O Defunto Inaugural,” de Aníbal Machado, que desafia as convenções narrativas de verisimilitude, ao apresentar uma figura impossível de qualificar de acordo com as leis naturais. Questiono o motivo pelo qual uma voz defunta é mais apropriada para contar uma determinada história, e contesto as limitações da definição de fantástico de Tzvetan Todorov, contrapondo-as com a abordagem mais abrangente de Rosemary Jackson ao fantástico enquanto um tipo de literatura capaz de transmitir mais precisamente o estranho sentimento de deslocalização em relação a certos sistemas políticos e sociais. Sublinho o potencial da narração póstuma enquanto meio de pôr a descoberto e debater temas contemporâneos relevantes de identidade pessoal, política e social, pois, enquanto figura transcendente, este defunto tem a autoridade de revelar a verdade e confessar segredos. A morte proporciona uma plataforma segura para contar um lado da história que tinha mantido em silêncio enquanto estava vivo.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno