O ambiente da América Latina é a oportunidade de negação das engenharias de um velho mundo, com uma arquitetura pensada na maneira como as novas luzes, de pensamento social e de constituição identitária podem ser atuantes no espaço de construção e de formação de uma nova nação. A concepção de ciudad signo representa a constância de uma nova ordem de entendimento de mundo, em que as cidades latino-americanas, a população e os intelectuais se fundaram e se desenvolveram ao mesmo tempo. Dessa forma, o presente artigo apresenta a relação entre a noção de história ambiental e projeto identitário, na América Latina, região geográfica que se estabeleceu por meio da ideológica busca pela sua própria característica de identificação. A estrutura do trabalho conta com uma breve introdução, para situar o recorte temático do estudo, e três pontos de abordagem: no primeiro, uma breve discussão sobre o termo “história ambiental”, baseado no pensamento crítico de Enrique Leff, e como esse termo se estrutura na construção da América Latina; no segundo, o caso de José Mármol, argentino exilado no Brasil que, pensador da época, escreve em periódico brasileiro e aborda temáticas sobre o entendimento do ambiente local e como este interfere na formação social dos nativos; no terceiro, a análise dos oito escritos do literato argentino, publicados no periódico Ostensor Brasileiro. Como conclusão, desenvolve-se uma breve reflexão do papel que a literatura latino-americana desempenha no processo de ambientalização dos espaços físicos, e como se torna instrumento efetivo de interpretação e de constituição da história ambiental, proposta por Leff.
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