Resumen de Análise crítica sobre as principais dimensões do modelo de prestação de serviço militar contratado. O caso das forças armadas portuguesas

Lúcio Agostinho Barreiros dos Santos, Maria Manuela Martins Saraiva Sarmento Coelho

• English

  This article aims to critically analyse the main dimensions of the model of military service contracted in the Portuguese Armed Forces and the incentive regime. The methodology is based on the selection of three criteria - relationship between model and environment, model structuring and operation strategy. To make the analysis more realistic, we cross the criteria with three perspectives - “macro” (environmental variables), “meso” (internal variables) and “micro” (individual variables). A critical analysis of the model of military contracted service reveals a “relationship with the environment”, very permeable to external influence, in political, demographic and sociocultural terms. There are high levels of complexity, formalization, hierarchy and detail in the “model structuring”, which has consequences on the “operationalization strategy”, i.e. making the management too centralized, inflexible, not permeable to individual initiative and unable to adapt quickly to changes, particularly those in the labour market.

• português

  Este artigo visa efetuar uma análise crítica às principais dimensões do modelo de prestação do serviço militar contratado nas Forças Armadas Portuguesas e ao regime de incentivos. A metodologia baseia-se na seleção de três critérios – relação entre o modelo e o ambiente, estruturação do modelo e estratégia de operacionalização. Para tornar a análise mais realista cruzaram-se os critérios com três perspetivas de análise – “macro” (variáveis ambientais), “meso” (variáveis internas) e “micro” (variáveis individuais). A análise crítica ao modelo da prestação do serviço militar contratado revela uma “relação com o meio ambiente” muito permeável à influência externa, em termos políticos, demográficos e socioculturais. Verificam-se elevados níveis de complexidade, formalização, hierarquização e detalhe na “estruturação do modelo”, o que acarreta consequências na “estratégia de operacionalização”, tornando a gestão demasiado centralizada, inflexível, pouco permeável à iniciativa individual e incapaz de se adaptar rapidamente às mudanças, em particular às do mercado de trabalho.