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Resumen de A linguagem das ruas: o discurso político em dois Modelos de urbanismo

James Holston

  • Num dos capítulos de O Corcunda de Nôtre Dame, intitulado “Isto Matará Aquilo” , Victor Hugo diz que ‘isto’, a imprensa, mata ‘aquilo’, a arquitetura. Talvez com uma visão dirigida a seus próprios interesses, ele propõe a idéia de que a escrita em papel substituirá a escrita em pedra como o registro predominante da civilização. Argumenta que o papel, que é menos duradouro, paradoxalmente, terá vida mais longa que a pedra, porque a forma de sua produção mecânica assegura a sua reprodução infinita. Até a invenção da imprensa, a arquitetura fornecia uma forma singularmente monumental de transmitir tradições culturais e realizações históricas. Basta pensar na catedral medieval como um ícone da Bíblia, verdadeira enciclopédia em pedra de seu capítulo e versos, para nos darmos conta de que os edifícios podem ser “lidos como livros”. Desta maneira, a catedral servia como uma espécie de catecismo onipresente para as massas analfabetas, como instrução por representação dos ensinamentos da Igreja. De modo semelhante, arcos triunfais, prédios cívicos e, para os leitores mais perspicazes, até mesmo as habitações cotidianas, aparecem como formas pedagógicas. As convenções dessa instrução representativa tinham profundas raízes na tradição cláss’ca, como elementos formadores tanto do legado oficial, como do conhecimento popular. Embora o público pré- -modemo fosse incapaz de ler livros, ele era bem mais instruído na leitura da arquitetura.


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