A idéia inicial deste trabalho era uma exposição das idéias de Guerreiro Ramos acerca do negro na sociologia brasileira. Entretanto, cedo, resolvi transformá-lo em um exercício prático, pessoal, da sócio-antropologia do negro na Bahia. Não que isto signifique um abandono das idéias centrais de Guerreiro Ramos, vez que o trabalho foi pensado e elaborado a partir da introdução crítica; apenas relacionamos e filtramos o que nos parecia mais conveniente, analíticamente. Adotamos as suas colocações de que o negro tem sido estudado a partir de valores e categorias induzidas da produção sócio-antropológica européia e norte-americana. E que a sociologia desenvolvida é, ela mesma, um problema, carecendo, em especial, de abordagem de temas fundamentais. Embora não a utilizemos, tem grande sentido a sua análise psicológica, à luz da sociologia, da produção intelectual, marcadamente do Nordeste, “como o protesto racial de uma minoria inteiramente interiorizada” .
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