Ao estudar o fenômeno do surgimento dos trabalhadores “clandestinos” nas cidades próximas aos engenhos e usinas da Zona da Mata de Pernambuco, o primeiro cuidado de Lygia Sigaud (1979a) é afastar-se de camisas-de-força supostamente “ teóricas” que explicam, previamente, o que está sendo estudado. “Os Clandestinos e os Direitos” não é uma ilustração da tese de que a penetração do capitalismo no campo brasileiro é, simplesmente, inevitável, e sim, um estudo da especificidade histórica do que acontece na agroindústria açucareira pernambucana para entender o processo de surgimento dos “ clandestinos” dentro do contexto da luta de classes explicada e entendida “a partir dos trabalhadores” (p. 15).
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