Acerca da fundação da carne: Merleau-ponty, leitor de Descartes

• Eloisa Benvenutti de Andrade ^[1]
  1. [1] Faculdade Cásper Líbero, Sao Paulo
• Localización: Geograficidade, ISSN-e 2238-0205, Vol. 9, Nº. 1, 2019 (Ejemplar dedicado a: Verão 2019), págs. 88-100
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • About the flesh: Merleau-Ponty, reader of Descartes
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• Resumen
  • English

    This text analyze the statute of Descartes’ thinking in MerleauPonty’s work. The intention is to show how Merleau-Ponty constructs the reading on the cartesian dualism, and how he objected to its foundation. For this, we shall focus mainly on the references to Descartes present in the Phenomenology of perception and in the lesson “L’union de l’âme et du corps chez Descartes”, present in “L’union de l’âme et du corps chez Malebranche, Biran et Bergson “.

    According to Merleau-Ponty, the steps given in the “Meditations” and fixed in the “Discourse of the Method” of Descartes culminate in a fertile problem at the moment in which, in the sixth meditation, the res cogitans lives in the world after having methodically explored it.

    For Merleau-Ponty, Descartes would have sighted the institution of what he will call, in his last ontology of flesh, a complete and sensitive cycle of overlapping between body and world, yet not the objective body nor the body thought by soul.

  • português

    Este texto analisa o estatuto do pensamento de Descartes na obra de Merleau-Ponty. A intenção é mostrar como Merleau-Ponty constrói a leitura sobre o dualismo cartesiano, e como ele fez objeção a seu fundamento. Para tal, nos deteremos principalmente nas referências a Descartes presentes na “Fenomenologia da percepção” e na lição “L’union de l’âme et du corps chez Descartes”, presente em “L’union de l’âme et du corps chez Malebranche, Biran et Bergson”.SegundoMerleauPonty, os passos dados nas “Meditações” e fixados no “Discurso do Método” de Descartes culminam num problema fértil no momento em que, na sexta meditação, a res cogitans vive no mundo após têlo metodicamente explorado. Para Merleau-Ponty, Descartes teria ali avistado a instituição do que ele chamará, em sua última ontologia, de carne, um ciclo completo sensível de imbricação entre corpo e mundo, não sendo, no entanto, o corpo objetivo e tampouco o corpo pensado pela alma.