Carnalidade dos Cortejos de Congado: Uma interpretação dos gestos entre-corpos

• Elisabete de Fátima Farias Silva ^[1]
  1. [1] Universidade Estadual de Campinas

     Universidade Estadual de Campinas

     Brasil

     
• Localización: Geograficidade, ISSN-e 2238-0205, Vol. 9, Nº. 1, 2019 (Ejemplar dedicado a: Verão 2019), págs. 72-87
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Carnality of the Congado’s corteges: An interpretation of between-body-gestures
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• Resumen
  • English

    The paths and dances of the bodies that make up Congado’s corteges are expressed in the incarnated gesture of batuqueiros, passers-by and spectators of this colorful and noisy cultural manifestation that takes to the streets, imposing on them the rhythm of the cortege-body. The encounter of the bodies in the streets provokes and is provoked by a gestural dialogue, which erupts in the carnality of the phenomenon itself. The understanding of expressive gestural communication, as inspired by Merleau-Ponty’s phenomenology of language, from the sensible, presupposes the presence of the other, not as a pure external object, but as a fundamental projection of the relation to the world, embodied in the fold of the visible and invisible. Perceiving in the public space the rejection, scorn or closure of the cortege-body is also to understand the spatiality founded between-body-places, from dawn to dusk of corteges.

  • português

    Os trajetos e trejeitos dos corpos que conformam os cortejos de Congado são expressos na gestualidade encarnada de batuqueiros, transeuntes e espectadores desta colorida e ruidosa manifestação cultural que toma as ruas, impondo-lhes o ritmo do corpo-cortejo.

    O encontro dos corpos nas ruas provoca e é provocado por um diálogo gestual, que irrompe na carnalidade do próprio fenômeno. A compreensão da comunicação expressiva gestual, como nos inspira a fenomenologia da linguagem pensada por Merleau-Ponty, desde o sensível, pressupõe a presença do outro, não enquanto objeto puro exterior, mas como projeção fundamental da relação com o mundo, encarnada na dobra do visível e invisível. Perceber no espaço público a rejeição, desdém ou fechamento ao corpo-cortejo é, também, compreender a espacialidade fundada entre-corpos-lugares, da alvorada ao anoitecer dos cortejos.