Mitos despertam fascínio, curiosidade e medos em diversos lugares do mundo. As narrativas míticas são reinventadas de acordo com as peculiaridades socioculturais locais/regionais. No presente artigo, objetiva-se analisar de forma contextualizada algumas perspectivas dialógicas entre Geografia e narrativas míticas, ancorando-se a abordagem textual em conceitos e temas relacionados à dimensão espacial real e imaginária. Dialoga-se com pensadores da Geografia humanista e cultural e com algumas lendas que constam do livro de Theobaldo Miranda Santos, que publicou uma coletânea contendo sínteses de mitos brasileiros, envoltos por variadas influências socioculturais, manifestando-se de diferentes formas em grandes regiões brasileiras. Inicialmente, discute-se a sacralização mítica de elementos da natureza, para depois destacar algumas das diversas questões míticas e simbólicas que envolvem a água. Abordam-se, posteriormente, lendas e mitos envolvendo as serpentes, fazendo-se menções a trechos bíblicos e breves incursões em relatos indígenas, para, por fim, enfatizar algumas dimensões míticas do espaço urbano
Myths arouse fascination, curiosity and fears worldwide. Mythical narratives are reinvented according to local/regional sociocultural peculiarities. In this article, we aim to analyze some dialogical perspectives between Geography and mythical narratives in a contextualized way, anchoring the textual approach in concepts and themes related to real and imaginary spatial dimension. We dialogue with theorists of humanistic and cultural Geography and with some legends that appear in Theobaldo Miranda Santos’s book, which comprises a collection containing syntheses of Brazilian myths, surrounded by varied socio-cultural influences, manifesting in different forms in large Brazilian regions. Firstly, we discuss the mythical sacralization of natural elements to highlight some of the various mythical and symbolic matters regarding water.
Then, legends and myths involving serpents are discussed, with references to biblical passages and brief incursions into indigenous narratives, and finally we emphasize some mythical dimensions of urban space.
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