This brief assessment of the nineteen songs attributed to Pedro de Escobar, all, with the exception of one Christmas villancico, in the Palace Songbook, attempts to place them in context in terms of the sources in which they were copied, their texts and their musical style. Although much work remains to be done on the structure and dating of the Palace Songbook, it is possible, through musical analysis, to posit that some songs can be considered to have been copied earlier and others later, probably from the later 1490s into about the middle of the second decade of the sixteenth century. Three songs were particularly widely diffused, notably in Portuguese sources of the latter part of the sixteenth century; only one is found in a non-Iberian source and would seem to have a particular connection to Juan del Encina, whose style is adopted and imitated by Escobar in his songs. These songs embrace a fairly wide range ofthemes, reflecting the content of the Palace Songbook as a whole, from the popular cosaute-style songs which was often performed in semi-improvised contrapunto as part of court entertainment, to the more elaborate villancico in the Encinian mould, with occasional hints of imitation and attention to the meaning of the words. Popular elements are introduced in a variety of ways, notably in Escobar’s Virgen bendita sin par, which cites a popular song that is preserved in a number of different guises, in the manner of Ambrosio Montesino’s devotional songs sung ‘al tono de’ a well-known melody. Finally, one song is assessed for possible biographical clues, and a hint towards the triangulation of the whereabouts of Encina, the poet-vihuelist Garci Sánchez de Badajoz and Escobar before he was called to serve at Seville Cathedral in 1507.
Este breve estudo das dezanove canções atribuídas a Pedro de Escobar, todas, com excepção de um vilancico de Natal, incluídas no Cancionero Musical de Palacio, pretende contextualizá-las textual e musicalmente no conjunto das fontes onde foram copiadas. Embora seja ainda necessário um trabalho aprofundado sobre a estrutura e a datação do Cancionero Musical de Palacio, é possível, através da análise musical, avançar com a hipótese de algumas das canções terem sido copiadas antes e outras mais tarde, provavelmente dos finais da década de 1490 até cerca de meados da segunda década do século XVI. Três canções, em particular, foram amplamente difundidas, especialmente em fontes portuguesas da segunda metade do século XVI. Somente uma é encontrada numa fonte não ibérica e parece ter particular relação com Juan del Encina, cujo estilo é adoptado e imitado por Escobar nas suas canções.
Estas obras abrangem uma razoável diversidade de temas, reflectindo globalmente o conteúdo do Cancionero Musical de Palacio, desde as canções no estilo popular do cosaute, que eram frequentemente executadas em contraponto semi-improvisado como parte do entretenimento da corte, ao mais elaborado vilancico segundo o modelo de Encina, com ocasionais momentos de imitação e atenção ao sentido do texto. Os elementos populares são incorporados de diversos modos, especialmente em Virgen bendita sin par de Escobar, que cita uma canção popular preservada em diferentes formas, à maneira das canções devocionais de Ambrosio Montesino cantadas ‘al tono de’ uma melodia conhecida.
Por fim, é explorada uma canção na perspectiva de recolher possíveis pistas biográficas e indícios do paradeiro de Encina, do poeta e violista Garci Sánchez de Badajoz e de Escobar, antes de este ser chamado para o serviço da Catedral de Sevilha em 1507.
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