Library music consists of pre-existing music tracks, currently displayed in online catalogues, that can be acquired by audiovisual creators in order to be included in low-budget films. It is used in countless audiovisual contexts, from documentaries and television news to pornography and YouTube videos, thus becoming an essential musical resource for media producers, a music industry with a growing online presence, and an increasingly important source of revenue for composers. Although this pre-existing music is rapidly gaining more significance and more varied uses, the aspects of its composition, production, categorization and usage in films are still under-researched, lacking an in-depth questioning of the circumstances that lead to its devaluation and reputation as stereotyped and ‘canned’ music.
Every stage of library music’s creation and use is moulded by the interaction of different individuals, often revolving round the titles, descriptions, keywords and categories that frame a library music track ina specific imaginary and narrative context. The importance of the actions of music consultants who write those textual elements and of video editors who include the music in audiovisual content make library music a particularly interesting case to explore the relevance of Christopher Small’s concept of ‘musicking’ (1998), moving away from a perspective that focuses solely on the composer as having an exclusive role in shaping possible musical meanings, and instead locating those possibilities in the interaction between composer, music consultant, video editor and audience.
A library music consiste em faixas musicais pré-existentes, actualmente disponibilizadas em catálogos online, cujos direitos de sincronização poderão ser adquiridos por criadores de filmes ou vídeos de baixo orçamento. É utilizada em inúmeros conteúdos audiovisuais, desde documentários a telejornais, passando por pornografia e vídeos de YouTube, tornando-se assim um recurso musical essencial para produtores de media, uma indústria musical com uma crescente presença online e uma fonte de rendimento cada vez mais relevante para compositores. Apesar desta música pré-existente estar rapidamente a adquirir maior importância e usos mais variados, os aspectos da sua composição, produção, categorização e utilização em filmes carece de investigação, necessitando ainda de um questionamento aprofundado das circunstâncias que levam à sua desvalorização e reputação de música estereotipada ou «enlatada».
Todas as fases da criação e utilização de library music são moldadas pela interacção de diferentes agentes, frequentemente em torno dos títulos, descrições, palavras-chave e categorias que enquadram cada faixa musical num imaginário e contexto narrativo específicos. A importância da acção dos consultores musicais que escolhem esses elementos textuais, bem como dos editores de vídeo que seleccionam música para conteúdos audiovisuais, fazem da library music um caso particularmente interessante para explorar a relevância do conceito de «musicking» de Christopher SMALL (1998), de modo a promover um afastamento de uma perspectiva que se centra apenas no compositor como tendo um papel exclusivo na definição de possíveis significados musicais, localizando-os antes nas interacções entre compositor, consultor musical, editor de vídeo e espectadores.
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