Brasil
As possibilidades de abordagem dos poemas homéricos são muitas e variadas. Desde aquelas que dialogam com linhas mais tradicionais de teoria literária, passando por estudos históricos, arqueologia, linguística e também filologia. As descobertas arqueológicas, durante os últimos dois séculos, tiveram importante impacto na ampliação e na própria interpretação tanto da Ilíada quanto da Odisseia. Consideradas até meados do século XIX como obras ficcionais, toda sua compreensão foi alterada após as descobertas de H. Schliemann e A. Evans. Além disso, a tradução do Linear B micênico e as possíveis analogias com os chamados Anais dos Hititas nos possibilitaram interessantes ligações. Este artigo objetiva problematizar algumas dessas linhas de análise, visando relacionar tais descobertas com a expansão de um “horizonte hermenêutico” das obras para o historiador.
There are many and varied possible approaches to Homer’s poems, from those that dialogue with more traditional lines of literary theory to historical studies, archeology, linguistics and philology. Archaeological findings of the last two centuries have had an important impact on the magnification and interpretation of both the Iliad and the Odyssey. Considered until the mid-nineteenth century as fictional works, the way they were understood changed following H. Schliemann and A. Evans’s discoveries. Moreover, the translation from Mycenaean Linear B and possible analogies with the Annals of the Hittites provided us with interesting links. This article aims at problematizing a few of these analytical lines to establish the relationship between such findings and the expansion of a “hermeneutic horizon” of these works for the historian.
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