Brasil
Os filmes narrados em El beso de la mujer araña (1976), do escritor argentino Manuel Puig, se encontram sedimentados na memória de seu narrador que os rememora segundo sua experiência e história. Cada filme contado articula-se a outro graças ao trabalho criativo e incessante da reminiscência que, segundo Walter Benjamin, tece a rede que constitui todas as histórias entre si. Além disso, o romance de Puig estaria situado no cruzamento entre o roteiro e a crítica cinematográfica. Neste trabalho, farei algumas considerações sobre os modos como o romance de Puig atualiza e ressignifica o papel da palavra e do ato de contar filmes em um romance, abrindo assim novas possiblidades para o texto literário à luz do imaginário e das técnicas cinematográficas.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados