Neste artigo analisaremos, numa perspetiva comparativa, o conto “Sargento Garcia” do escritor brasileiro Caio Fernando Abreu, inserido na antologia Morangos Mofados (1982), e duas das suas readaptações cinematográficas. A primeira curta-metragem, de Tutti Gregianin (2000), reconstrói uma narrativa mais fiel ao texto do conto, apesar do diferente enfoque. Efetivamente, este filme foi elaborado anos depois da queda da ditadura militar, catalisadora da narrativa de Abreu. Por outro lado, a segunda curta-metragem, realizada em 2016 por alunos do Colégio de Aplicação da UFRGS, apresenta uma recontextualização da narrativa no século XXI. Destacando a teatralidade deste conto, nas suas reformulações encontramos uma condensação de questões em constante ebulição na sociedade brasileira como o patriarcado, a homofobia, o autoritarismo e a violência.
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