Este texto discute o diálogo entre Teatro e Cinema, por intermédio da adaptação cinematográfica da peça Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri (1934 – 2006), encenada, pela primeira vez, em 1958, no Teatro de Arena de São Paulo, e adaptada para cinema, pelo próprio autor, sob a direção de Leon Hirzman (1937 – 1987), em 1981.
O diálogo entre Teatro e Cinema é corrente desde os primórdios da atividade cinematográfica e, no decorrer dos séculos XX e XXI, essa interlocução redundou em importantes conquistas tanto para a linguagem teatral quanto para o cinema, propriamente dito. Nesse sentido, mesmo diante de inúmeras possibilidades, essa reflexão centrará o seu interesse na adaptação cinematográfica da peça Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri (1934 – 2006).
Encenada, em 1958, pelo Teatro de Arena de São Paulo, tornou-se um marco dramatúrgico pelo fato de ter sido o primeiro texto a colocar personagens operárias no centro do conflito dramático.
Passados vinte e três anos, sob o impacto das greves do ABC, Black-tie foi filmada sob a direção de Leon Hirzman (1937 – 1987), no intuito de construir mediações entre passado e presente. É evidente, os desdobramentos analíticos são imensos, mas optei por analisar o lugar que Black-tie ocupa nos palcos e nas telas.
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