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Resumen de Mujeres colombianas en Chile: discursos y experiencia migratoria desde la interseccionalidad

Juan Fernández Labbé, Vivian Díaz Allendes, Tatiana Aguirre Sanhueza, Valentina Cortínez O'Ryan

  • español

    Este artículo investiga las características de la experiencia migratoria de mujeres colombianas en Chile en la década del 2010, con énfasis en sus motivaciones y llegada a Chile, su proceso de inserción laboral y gestión económica, el ámbito de cuidado y familia, y las experiencias de discriminación y violencia. El análisis se hace a partir del concepto de interseccionalidad, aplicado a la dinámica de las propias mujeres migrantes, cuyo discurso constituye el material empírico. El enfoque de la investigación es cualitativo, basado en entrevistas y grupos focales con mujeres migrantes residentes actualmente en Chile, provenientes de los seis países con mayor flujo migratorio femenino hacia ese país en la última década (Colombia, República Dominicana, Bolivia, Perú, Argentina y Venezuela). En particular, el análisis contrasta las vivencias relatadas por las mujeres colombianas con las de migrantes de otros países latinoamericanos, también mujeres e inmigradas durante la década del 2010. Por un lado, esta investigación confirma lo señalado por otros estudios acerca de la relevancia del factor económico en la decisión de migrar, lo fundamental que es la dinámica familiar para las mujeres (cuidado, maternidad a distancia y remesas) y la presencia de diversos tipos de discriminación. Por otro lado, emergen hallazgos para el caso específico de las colombianas en Chile, relacionados con la huida de la violencia de género como una causa importante de la migración; la segmentación laboral que las encasilla en los sectores de comercio y servicios; su mayor conciencia de derechos y actitud proactiva ante los abusos (laborales y no laborales); y la presencia de una presión discriminadora, que las violenta por ser mujeres y migrantes, y que se acentúa cuando además son mujeres negras. La interseccionalidad opera complejizando la comprensión de los procesos de discriminación asociados a la división internacional del trabajo reproductivo por género y a elementos culturales racistas, dado que los hallazgos presentados plantean que, en el caso de Chile, estos se realizan de formas más complejas y heterogéneas, de la mano de procesos de racialización y sexualización.

  • English

    The article inquires into the characteristics of the migration experiences of Colombian women in Chile in the 2010s, with an emphasis on their motivations and arrival in Chile, their job placement and financial management process, the sphere of care and family, and their experiences of discrimination and violence. The analysis is carried out on the basis of the concept of intersectionality, applied to the dynamics of the migrant women themselves, whose discourse constitutes the empirical material. The research approach is qualitative, based on interviews and focus groups with migrant women from the six countries with the largest migration flow to Chile in the last decade (Colombia, Dominican Republic, Bolivia, Peru, Argentina, and Venezuela) and currently residing there. In particular, the analysis contrasts the experiences narrated by Colombian women with those of female migrants from other Latin American countries, who arrived in Chile in the 2010s. On the one hand, this research confirms what has been pointed out by other studies regarding the relevance of the economic factor in the decision to migrate, the importance of family dynamics for these women (care, long-distance mothering, and remittances), and the presence of diverse types of discrimination. On the other hand, specific findings emerge in the case of Colombian women in Chile, such as escaping from gender violence as an important cause of migration; the job segmentation that pigeonholes them in the retail and services sectors; their greater awareness of rights and their proactive attitude in the face of abuse (work- and non-work-related); and the presence of a discriminatory pressure that does violence to them for being women and migrants, which is exacerbated when they are black women. Intersectionality complicates the understanding of discrimination processes associated with the international division of reproductive labor by gender and with racist cultural elements, given that the findings of the study show that in Chile these take place in more complex and heterogeneous forms, together with racialization and sexualization processes.

  • português

    Este artigo pesquisa sobre as características da experiência migratória de mulheres colombianas no Chile na década de 2010, com ênfase em suas motivações e na chegada ao Chile, seu processo de inserção no mercado de trabalho e gestão econômica, o âmbito de cuidado e família, e as experiências de discriminação e violência. A análise é realizada com base no conceito de interseccionalidade aplicado à dinâmica das próprias mulheres migrantes, cujo discurso constitui o material empírico. A abordagem da pesquisa é qualitativa, baseada em entrevistas e grupos focais com mulheres migrantes residentes atualmente no Chile, provenientes dos seis países com maior fluxo migratório feminino a esse país na última década (Colômbia, República Dominicana, Bolívia, Peru, Argentina e Venezuela). Em particular, a análise compara as vivências relatadas pelas mulheres colombianas com as de migrantes de outros países latino-americanos, também mulheres imigradas durante a década de 2010. Por um lado, esta pesquisa confirma o apresentado em outros estudos acerca da relevância do fator econômico na decisão de migrar, o fundamental que é a dinâmica familiar para as mulheres (cuidado, maternidade a distância e remessas) e a presença de diversos tipos de preconceito. Por outro, constatam-se achados para o caso específico das colombianas no Chile, relacionados com a fuga da violência de gênero como uma causa importante da migração; a segmentação do trabalho que as isola nos setores de comércio e serviços; em sua maior consciência de direitos e atitude proativa ante os abusos (trabalhistas e não trabalhistas); e a presença de uma pressão discriminadora que as violenta por serem mulheres e migrantes, e que é salientada quando, além disso, são negras. A interseccionalidade opera tornando complexa a compreensão dos processos de discriminação associados com a divisão internacional do trabalho reprodutivo por gênero e com elementos culturais racistas, tendo em vista que os achados apresentados propõem que, no caso do Chile, estes são realizados de forma mais complexa e heterogênea, em concordância com processos de racialização e sexualização.


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