Resumen de Las imágenes de las víctimas del conflicto armado en la revista Semana: políticas, significados culturales y visibilización

Dixon Vladimir Olaya Gualteros

• español

  El artículo analiza el modo en que fueron visibilizadas las víctimas a través de algunas publicaciones de la revista Semana. Se estudia cómo las imágenes, en correlación con textos periodísticos, coadyuvan en la construcción un régimen visual que contiene y refuerza la noción que de los sujetos víctimas es identificable en la Ley 975/2005, de 25 de julio y la Ley 1448/2011, de 10 de junio. Al tiempo, se sugiere que dichas imágenes interpelan a los espectadores desde lo simbólico-sensible, por lo que se constituyen en dispositivos de formación para la comprensión y narración del conflicto en Colombia. En pro de lo enunciado, se analizan algunos de los temas y de los discursos que con respecto a las víctimas circularon entre 2010 y 2014.

  Se estudian los componentes morfológicos de las imágenes en relación con los artículos que las acompañan, y se identifican sus relaciones con los significados culturales de la época. El artículo concluye que las imágenes que se refieren a las víctimas dan un alto valor a lo sensible como móvil para la significación de lo político, la guerra y lo humano, pero desde allí también se constituyen visibilidades que hablan del horror y son inmovilizadoras.

  A través de los artículos y las fotografías se construye una visibilidad de las víctimas que coadyuva a que se planteen relaciones estáticas e identidades suspendidas. Además, sitúan los acontecimientos en un peligroso presentismo que construye un marco de interpelación para los espectadores que los conduce a reconsiderar y construir ciertas significaciones ideológicas.

• English

  This article discusses how victims were made visible by some publications of the magazine Semana. It examines how images, in correlation with journalistic texts, contribute to building a visual regime that contains and reinforces the notion of victim identifiable in Law 975 of July 25, 2005 and Law 1448 of June 10, 2011. It is suggested that such images address viewers from a symbolic-sensitive perspective, thus becoming formative devices to understand and narrate the Colombian conflict. For this purpose, some of the themes and discourses on victims that circulated between 2010-2014 are analyzed. The morphological components of images are studied in relation to their accompanying articles, and their relationships with the cultural meanings of the time are identified. It is concluded that pictures of victims place a high value on sensitivity as incentive for the significance of politics, war and humanity, but also create visibilities that speak of horror and are immobilizing. Articles and photographs spotlight victims in a way that helps to establish static relationships and suspended identities, while putting events in a dangerous presentism that appeals to spectators to reconsider and construct certain ideological meanings.

• português

  Este artigo analisa o modo como as vítimas foram visibilizadas por meio de algumas publicações da revista Semana. É estudado como as imagens, em correlação com textos jornalísticos, contribuem para construir um regime visual que contém e reforça a noção de sujeitos vítimas identificada na Lei 975/2005, de 25 de julho, e na Lei 1.448/2011, de 10 de junho. Em paralelo, sugere-se que essas imagens interpelem os espectadores a partir do simbólico-sensível, por se constituírem em dispositivos de formação para compreender e narrar o conflito na Colômbia. Para atingir o objetivo deste artigo, são analisados alguns dos temas e dos discursos que, a respeito das vítimas, circularam entre 2010 e 2014. São estudados os componentes morfológicos das imagens em relação aos artigos que as acompanham e são identificadas suas relações com os significados culturais da época. Este artigo conclui que as imagens que se referem às vítimas dão um alto valor ao sensível como móvel para a significação do político, da guerra e do humano;

  contudo e a partir disso, também se constituem visibilidades que falam do horror e são imobilizadoras. Por meio dos artigos e das fotografias, é construída uma visibilidade das vítimas que contribui para que relações estáticas e identidades suspensas sejam apresentadas. Além disso, são situados os acontecimentos em um perigoso “presenteísmo” que produz um contexto de interpelação para os espectadores que os leva a reconsiderar e construir certas significações ideológicas.