Nataniel dos Santos Gomes, Vanderlis Legramente Barbosa
“Aqueles que, uma década antes, sentiram o peso da maior e mais fundamental falha do Superman, sua incapacidade de se ver como a inspiração que é.” (Reino do Amanhã) É a partir dessa citação que gira a história de Reino do Amanhã, uma graphic novel que resgata os heróis clássicos da DC Comics, quando o mercado editorial buscava histórias cheias de violência e com personagens visualmente grandiosos, mas com histórias pueris. Depois que o Superman decide abandonar sua vocação como herói e salvador da humanidade, a sociedade entra em crise e espera pela sua volta, que é retratada na história, fazendo uma intertextualidade com o livro de Apocalipse, escrito pelo apóstolo João. A figura do Superman é apresentada como o messias da fé cristã, que é o pano de fundo da criação do super-herói e é explorado ao extremo nessa história e em outras plataformas em que o Homem de Aço protagonizou. Entre a análise dessas questões, a trama ganha corpo a partir da observação dos elementos visuais e simbólicos explorados na história em quadrinhos. É por meio deles que a intertextualidade expande-se e ilustra a personalidade do herói não só no livro de Apocalipse, mas também em outras passagens bíblicas, resgatando algumas interfaces entre Superman e Jesus Cristo.
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