Este artigo analisa a trajetória do negociante Antônio de Abreu Guimarães, português nascido na região do Minho, de origem humilde, e que se tornaria dono de um dos maiores cabedais da capitania de Minas Gerais, na segunda metade do século XVIII. Auxiliado pelo sobrinho, Francisco de Abreu Guimarães, amealhou grande quantidade de bens diversos, terras e escravos, somando uma fortuna considerável e, em 1787, daria origem ao chamado “Vínculo da Jaguara”, que doravante se tornava posse inalienável destinada ao financiamento de obras pias, como a criação de hospitais, seminário, recolhimento de órfãs. No entanto, antes mesmo de se efetivar, o dito Vínculo provocou uma série de desentendimentos familiares que foram fundamentais para compreender a dinâmica e o fracasso das pretensões originais do negociante.
This article analyzes the history of the merchant Antônio de Abreu Guimarães, a Portuguese from a poor family in the Minho region who becomes one of the wealthiest men of the captaincy of Minas Gerais in the second half of the 18th century. Helped by his nephew Francisco de Abreu Guimarães, he amassed large quantities of various goods, land and slaves, building up a considerable fortune and, in 1787, giving rise to so-called “Vínculo da Jaguara”, which henceforth became inalienable possession for financing charity work, such as the creation of hospitals, seminary, carring for orphaned children. However, before becoming effective, it triggered a series of family disagreements that were fundamental to understand the dynamics and the failure of the original merchant’s intent.
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