Ron Eglash, Audrey Bennett, John Drazan, Michael Lachney, William Babbitt
Como a matemática pode melhor contribuir para a justiça social e a sustentabilidade? A justiça distributiva aborda a pobreza e os problemas relacionados de cima para baixo: movendo o valor extraído da propriedade privada para a propriedade estatal. Mas, a história do socialismo burocrático, da poluição na URSS à escassez de alimentos na Venezuela, mostra tantos problemas quanto o capitalismo. A justiça generativa, ao contrário, funciona de baixo para cima: substitui a extração de valor e a alienação pela circulação de valores. Esses ciclos geradores incluem os trabalhos não alienados, como, por exemplo, os espaços de produção e os códigos abertos; valores ecológicos não alienados como a agricultura orgânica e valores expressivos não alienados como a diversidade sexual, as artes liberadas e outras liberdades polissêmicas. Este ensaio revisará 3 aspectos das etnociências (etnomatemática, etnocomputação e disciplinas relacionadas) em relação à justiça generativa. No caso dos sistemas de conhecimento indígena, há um perigo de alienação do valor à medida que os conceitos são traduzidos em modelos e, posteriormente, abstraídos em currículos de sala de aula. No caso dos sistemas de conhecimentos vernaculares, a colonização por interesses comerciais já ocorreu, e o desafio é desenvolver uma alternativa descolonizada. Finalmente, no caso das relações entre a escola e a comunidade, um ciclo generativo completo pode incorporar fluxos de valores econômico, de saúde e ambientais, alavancando essas abordagens generativas CTEM (Ciências, Tecnologias, Engenharia e Matemáticas). Este ensaio fornecerá, ambos, a teoria e alguns resultados iniciais dessa abordagem generativa CTEM para um mundo mais justo e sustentável.
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