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Resumen de A latência de uma ontologia “não-fálica”: interlocuções entre Freud e Merleau-Ponty

Diego Luiz Warmling

  • Pautados pelos problemas suscitáveis na interlocução entre Freud e Merleau-Ponty, proporemos uma ontologia “não-fálica” que, “mais-além” da “não-contradição” lógica, assume sua ambivalência e fugacidade em relação aos saberes instituídos pela consciência e sua figurabilidade. Distintamente das atestações fenomenológicas, veremos que o inconsciente freudiano é a inferência de uma “outra cena” psíquica cujas leis são radicalmente específicas, mas que, atemporais e irredutíveis aos demais sistemas (Pcs/Cs), buscam satisfação. Transbordante, o corpo psicanalítico é, então, o lugar da efetivação fantasmática do inconsciente. E se indica um excesso errático e inapreensível, faz-se habitado por pulsões que – entre a conservação da vida (pulsões sexuais e egóicas), o apoio não-sexual, a morte e o masoquismo – reportam-nos ao “não-fálico” como encarnação do enigma freudiano. Desde a primeira pessoa do singular, ressaltaremos que este horizonte rejeita a produção de sentido, fazendo falar de uma verdade que, não-toda, não só nos põe em contato com o vazio, mas aponta aos limites das leituras fenomenológicas que reconheceram no “mais-além” um campo de diálogo com a filosofia e, desde Merleau-Ponty, a possibilidade de uma ontologia “não-fálica”. Disto, consideradas estas disparidades, rastrearemos em Merleau-Ponty um filósofo que, ao transbordar seu campo, aproximou-se da psicanálise, renovando-a. Ora, se em Freud falamos do inconsciente, do anaclítico, do anobjetal, do primado do gozo e do “não-fálico”, agora tratamos do corpo, do indestrutível, da indivisão do sentir, do Ser de promiscuidade e da carne como mãe. Para além da percepção, Merleau-Ponty nos permite teorizar sobre um horizonte que, por existir, escapa, excede e recusa as captações positivas do saber. Estamos falando de uma ontologia corrosiva que, primordial, jamais cessa de se inscrever, pois é o apoio não-tematizável dos afetos. Trata-se, então, de atestar o contato com o vazio, com o anobjetal, o indeterminável, o transbordante – a promiscuidade “não-fálica” latente em nossos atos.


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