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Resumen de La controversia feminista en los reportajes iraníes de Michel Focuault

Mauricio Pelegrini

  • español

    El artículo parte del intercambio público de mensajes entre Michel Foucault y una lectora iraní anónima, de pseudónimo Atoussa H, para mostrar cómo la controversia entre los dos fue el objetivo principal de una crítica supuestamente feminista a los reportajes iraníes que Foucault escribió en 1978-1979. A partir de la definición post-estructuralista de la categoría del género, se procura mostrar que tal crítica esencializa las definiciones del concepto de mujer, siendo totalmente opuesta a la analítica del poder foucaultiana. Tanto Foucault como el movimiento feminista iraní fueron opositores a la dictadura del Sha, y también fuertes críticos a la dictadura teocrática luego instalada por el ayatolá Jomeiny. De esta forma, se concluye que el movimiento insurreccional iraní analizado por Foucault era múltiple y fragmentado, no connivente con la persecución a los derechos humanos ocurridos después de la Revolución.

  • English

    The article begins with the account of the public exchange of messages between Michel Foucault and an anonymous Iranian reader, pseudonym Atoussa H. I intend to show how the controversy between the two was the main target of a allegedly feminist critique of the Iranian reports that Foucault wrote in the years 1978-1979. From a post-structuralist definition of gender, it is clear that such criticism essentializes the definitions of the concept of woman, being totally opposed to the foucauldian analytic of power. Both Foucault and the Iranian feminist movement were opposed to the Shah’s dictatorship, and both were also strong critics of the theocratic dictatorship installed after by Ayatollah Khomeini. It is my contention that the insurrectional movement analyzed by Foucault in Iran was multiple and fragmented, not conniving with the persecution of human rights that occurred after the Revolution.

  • português

    O artigo parte da troca pública de mensagens entre Michel Foucault e uma leitora iraniana anônima, de pseudônimo Atoussa H., para mostrar como a controvérsia entre os dois foi o objetivo principal de uma crítica pretensamente feminista às reportagens iranianas que Foucault escreveu entre os anos de 1978-1979. A partir da definição pós-estruturalista da categoria de gênero, procura-se mostrar que tal crítica essencializa as definições do conceito de “mulher”, sendo totalmente oposta à analítica do poder foucaultiana. Tanto Foucault quanto o movimento feminista iraniano foram opositores ao regime do Xá Pahlevi, e também fortes críticos à ditadura teocrática que em seguida foi instalada pelo aiatolá Khomeini. Desta forma, conclui-se que o movimento insurrecional iraniano analisado por Foucault era múltiplo e fragmentado, não conivente com a perseguição aos direitos humanos que ocorreu após a Revolução.


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