Este artigo analisa a epistemologia empirista metafísica e imaterialista de George Berkeley. Nesse sentido, objetivou-se investigar a crítica de Berkeley à abstração das ideias e a sua concepção imaterialista em frente ao desafio dos direitos humanos, ou seja, da vida digna. O artigo problematizou epistemologicamente o pensamento imaterialista de Berkeley e a necessidade da epistemologia materialista dos direitos humanos. Diante disso, em primeiro lugar, foi apresentada a teoria de George Berkeley e a sua crítica à abstração das ideias – para ele, as ideias abstratas não podem ser concebidas. Sequencialmente, foi analisada a concepção imaterialista de Berkeley, para quem o mundo material não existe e o homem conhece apenas as suas sensações. Por fim, foi apresentada a ideia da materialidade como fundamento da vida digna, enquanto contraposição ao pensamento imaterialista de Berkeley. Considerou-se que os direitos humanos devem ser entendidos contextualmente, de modo a garantir a dignidade imanente e à satisfação das necessidades.
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