Pensar em qualquer questão dentro do debate sobre as cidades modernocontemporâneas é sempre um grande desafio. A cidade, em toda sua complexidade, abriga uma série de indagações caríssimas a Antropologia Contemporânea. Desde o crescimento de núcleos urbano-industriais, e a constante migração de indivíduos para a cidade, a disciplina antropológica tem se colocado à disposição para se perguntar sobre estes movimentos1. O objetivo deste artigo, herdeiro desta tradição, tem como ponto central entender os elementos em jogo na memória e nas rítmicas temporais que regem e agenciam o viver cotidiano em um local específico da cidade de Porto Alegre.
Para isso, tentarei entender como a entrada em campo e o trabalho específico desenvolvido no Banco de Imagens e Efeitos Visuais2, sob a orientação de Cornelia Eckert e Ana Luiza Carvalho da Rocha, pode colaborar na análise de uma situação específica na cidade de Porto Alegre - a construção da Vila do IAPI - e sua condição no presente. Esta região da cidade de Porto Alegre é fruto de um projeto de habitação operária na era do Governo Getúlio Vargas, e objeto de políticas de patrimônio na pauta pública das prefeituras recentes (SMPM, 1994.).
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