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Cooperação, promessa e obrigação na teoria do contrato de Thomas Hobbes

  • Autores: Wladimir Barreto Lisboa
  • Localización: Conjectura: filosofia e educação, ISSN 0103-1457, Vol. 23, Nº. Extra 2, 2018 (Ejemplar dedicado a: Dossiê Ética e Democracia), págs. 242-249
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Coopération, promesse et obligation dans la théorie du contrat chez Thomas Hobbes
  • Enlaces
  • Resumen
    • français

      En présentant la stratégie des agents rationnels dans l’état de nature chez Hobbes à partir de la non-coordination, on aboutit à une situation où le meilleur choix individuel réalise le pire résultat en termes collectifs. Hampton a l’intention de montrer que la meilleure stratégie pour résoudre cette aporie est d’éliminer, dans l’argument de Hobbes, l’utilisation de concepts juridiques, tels que l’obligation ou le contrat. De cette manière, il est possible de sauver la cohérence argumentative hobbesienne à partir de l’idée d’un accord intéressé, c’est-à-dire de la situation où les avantages des échanges sont suffisants pour que les parties parviennent à un accord. Le présent texte cherche à montrer l’incohérence d’un tel argument. Éliminer la notion d’obligation qui sous-tend les promesses présentes dans les conventions rend impossible tout équilibre et toute convergence des actions humaines dans la condition naturelle.

    • português

      Ao apresentar a estratégia dos agentes racionais na situação do estado de natureza em Hobbes como de não coordenação, tem-se como resultado uma situação em que a melhor escolha individual alcança o pior resultado em termos coletivos. Hampton pretende mostrar que a melhor estratégia para resolver essa aporia consiste em eliminar, na argumentação de Hobbes, o uso de conceitos jurídicos, como o de obrigação ou contrato. Desse modo, é possível resgatar a coerência argumentativa hobbesiana a partir simplesmente da ideia de um acordo autointeressado, isto é, a partir da situação em que os benefícios da barganha mostram-se suficientes para as partes realizarem um acordo. O presente texto procura mostrar a incoerência de tal argumentação. Eliminar a noção de obrigação que sustenta as promessas presentes nos pactos inviabiliza, em Hobbes, qualquer possibilidade de equilíbrio e convergência das ações humanas.


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