Este artículo rescata la visión de André Bazin para señalar su actualidad en el momento de tratar de la siempre cambiante naturaleza del cine, específicamente ante las nuevas formas cinematográficas. La teoría de Bazin se sustenta de un modo aparentemente paradójico sobre la identidad entre el modelo real y su imagen fotográfica, una premisa compleja que será desarrollada décadas más tarde por el filósofo estadounidense Stanley Cavell. En este trabajo, se indicará, primero, el sentido de esta identidad. En vistas a demarcar el alcance y las repercusiones de esta identidad ontológica en la perepción de la imagen cinematográfica, se abordará el concepto en relación con el de semejanza y con el de causalidad, para conocer la especificidad de este. A continuación, se explicará su alcance a partir del concepto de transferencia. Para llegar a una comprensión cabal de este proceso, se analizará el modo en el que aparece en los trabajos de ambos teóricos. Una de las principales conclusiones del artículo es que el realismo no es algo de lo que el sujeto deba investir a la imagen fotográfica, sino que es una propiedad de esta, en virtud de la transferencia de realidad del objeto a la imagen. Con ello, se muestra cómo el espectador de cine, frente a la pantalla, lleva a cabo un acto análogo al de la percepción cotidiana: el reconocimiento de una realidad representada en pantalla.
This article revives André Bazin’s vision to suggest its relevance at the time of dealing with the ever-changing nature of cinema, specifically with new cinematographic forms. Bazin’s theory is based —in an apparently paradoxical way— on the identity between the actual model and its photographic image, a complex premise that would be elaborated decades later by the American philosopher Stanley Cavell. This paper states first the meaning of this identity. In order to delimit the scope and repercussions of this ontological identity in the perception of a cinematographic image, the concept is approached in relation to those of similarity and causality. Then, its scope is explained from the concept of transfer. To arrive at a thorough understanding of this process, the way in which it is expressed in both theorists’ works is analyzed. One of the main conclusions is that realism is not something to be conferred by the subject on the photographic image, but its property by virtue of the transfer of reality from the object to the image. This shows how the film viewer, in front of the screen, carries out a process analogous to that of everyday perception: recognizing a reality depicted on the screen.
Este artigo resgata a visão de André Bazin para mostrar sua atualidade no momento de tratar da sempre oscilante natureza do cinema, em específico diante das novas formas cinematográficas. A teoria de Bazin é sustentada de um modo aparentemente paradoxal sobre a identidade entre o modelo real e sua imagem fotográfica, um princípio complexo que será desenvolvido décadas mais tarde pelo filósofo estadunidentese Stanley Cavell. Neste trabalho, será indicado o sentido dessa identidade. A fim de delimitar o alcance e as repercussões dessa identidade ontológica na percepção da imagem cinematográfica, será abordado o conceito em relação com o de semelhança e o de causalidade, para conhecer sua especificidade. Em seguida, será explicado seu alcance a partir do conceito de transferência. Para chegar a uma compreensão coerente do processo, será analisado o modo em que aparece nos trabalhos de ambos os teóricos. Uma das principais conclusões deste artigo é que o realismo não é algo de que o sujeito deva investir à imagem fotográfica, mas sim uma propriedade desta, em virtude da transferência de realidade do objeto à imagem. Com isso, mostra-se como o espectador de cinema, diante da “telona”, realiza um ato análogo ao da percepção cotidiana: o reconhecimento de uma realidade representada na tela.
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