No âmbito da filosofia feminista francesa as discussões a respeito da mulher, do feminino e da feminilidade passam a compor o cenário intelectual nos anos sessenta, momento no qual a filosofia passava igualmente por processos de ruptura e novas problemáticas. Advindas das discussões promovidas, especialmente pelo estruturalismo, o campo filosófico vivencia nova ruptura com os movimentos feministas e o surgimento de novas concepções filosóficas. Nesse contexto salienta-se o feminismo da diferença apresentado pela filósofa, psicanalista, escritora e feminista belga Luce Irigaray. O presente artigo busca inicialmente traçar o projeto de sua filosofia feminista, o qual se encontra alicerçado na ausência da diferença sexual, pois afirma a inexistência do sujeito feminino enquanto feminino, salientando a existência de uma única lógica, a falocêntrica. O discurso do conhecimento é, entendido com um discurso sexuado, tema da conferência Le Sujet de la Science est-il sexué (1985), a partir da qual surge a pergunta a respeito do discurso filosófico, motivo das reflexões finais.
In the context of the French feminist philosophy the discussions about women, feminine and femininity have begun to compose the intellectual scene in the sixties, at which time philosophy also went through processes of rupture and new problems. Originated by discussions promoted, especially by structuralism, the philosophical field experiences a new rupture with the feminist movements and the emergence of new philosophical conceptions. In this context the feminism of the difference presented by the feminist philosopher, psychoanalyst, writer and feminist Luce Irigaray stands out. The present article initially seeks to outline the project of her feminist philosophy, which is based on the absence of sexual difference, since it affirms the non - existence of the female subject as female, emphasizing the existence of a single logic, the phallocentric. The discourse of knowledge is, understood with a sexual discourse, issue of the conference Le Sujet de la Science est-il sexué (1985), from which arises the question about the philosophical discourse, object of the final considerations.
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