O deslocamento motivado pela morte ou pela dor é praticado há séculos, como no caso das batalhas de gladiadores ou das peregrinações a túmulos de santos católicos na Idade Média (Blom, 2000). Na contemporaneidade, as relações entre turismo, morte e dor têm sido abordadas no âmbito de diferentes denominações de segmentos como turismo mórbido (Blom, 2000) e turismo sombrio, que envolve a visita a locais reais ou recriados, associados à morte, sofrimento, desgraça ou acontecimentos sombrios (Stone, 2006). Seus locais de prática incluem cemitérios, locais de desastre, campos de concentração e outros. O Museu de Auschwitz-Birkenau foi o principal campo de concentração nazista da Segunda Guerra. Na atualidade, atrai muitos visitantes; em 2015, estimam-se cerca de 1,72 milhão de pessoas (“Auschwitz”, 2016). A despeito do sofrimento e da tristeza da história do local, esses visitantes em geral ficam muito satisfeitos com a visita. No site TripAdvisor, por exemplo, 97% das avaliações do atrativo são positivas, ainda que uma observação atenta das mesmas revele termos como tristeza, chocante e assustador. Nesse contexto, o presente trabalho pretende responder à seguinte questão: Quais são os fatores que levam os visitantes de um campo de concentração a avaliá-lo positivamente? Tem, portanto, o objetivo de compreender a satisfação de visitantes do Museu Estatal Auschwitz-Birkenau, com base em avaliações positivas escritas por usuários do TripAdvisor.
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