Brasil
This work assumes, like Aristotle, that ethics belongs to the individual sphere, not to the political one; and that the role of the State is to seek justice, which means to diminish the iniquities. Ethics does not aim theoretical knowledge, but instead the concept of humanization and the consequent reduction of inequalities. However, nowadays National State does not fulfill its fundamental role of promoting justice and development, behaving as a sort of anti-ethical monster who dehumanizes its people in a vicious cycle of objectifying man and denying him his most basic rights. This paper intends to discuss the aporia in the relationship between ethics and State, in the context of the values crisis, using 19th century Mary Shelley’s Frankenstein and his monster as an allegory.
Este artigo parte da premissa aristotélica de que a ética pertence ao âmbito individual, e não político; e de que o papel do Estado é buscar a justiça, ou seja, minorar as desigualdades. A ética não visa o conhecimento teórico, e sim o conceito de humanização e a consequente diminuição das iniquidades. Porém o Estado Nacional contemporâneo não cumpre suas funções primordiais de fomentar justiça e desenvolvimento, comportando-se como uma espécie de monstro antiético, que desumaniza sua população em um ciclo vicioso de objetificação do homem e negação de seus direitos mais básicos. Esse trabalho se propõe a discutir a aporia na relação entre ética e Estado, dentro do contexto da crise de valores, à luz da alegoria do Frankenstein e seu monstro, criados por Mary Shelley na virada para o século XIX.
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