Brasil
Inter-ethnic relations make Indigenous Peoples find themselves even more entered and adapted to a globalized economy, often linked to international wealth production processes, suffering the adverse consequences therefrom, but also drawing benefits and political and economic gains of such situations. I approach here how, after the completion of the Raposa-Serra do Sol (TIRSS) demarcation and removal of the invaders, are some opportunities for economic activity and development projects being discussed and implemented in the delimitated area and in other Indigenous Lands in the state of Roraima. Within this theme, I analyze the Wapichana and Macuxi insertion in production and circulation networks linked to ethno-development projects, as well as I try to observe how these projects appear in the local speeches, either indigenous or not. The doubts and questions, when not the direct refusal to the term “Ethno-development”, are constantly seen among both the indigenous movement and its opponents, in addition to the institutional places that exercise intermediary role in this complex web of political and economic relations.
As relações interétnicas fazem com que os povos indígenas encontrem-se cada vez mais inseridos e adaptados a uma economia globalizada, muitas vezes ligados a processos de produção de riqueza em escala internacional, sofrendo as consequências nefastas daí decorrentes mas, também, extraindo benefícios e ganhos políticos e econômicos de tais situações. Abordo aqui como, após a conclusão do processo de demarcação da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol (TIRSS) e a desintrusão dos invasores, estão sendo discutidas e implementadas algumas possibilidades de atividade econômica e os projetos de desenvolvimento na área demarcada e em outras Terras Indígenas no estado de Roraima. Dentro desse recorte, analiso a inserção dos Wapichana e Macuxi em redes de produção e circulação dos recursos ligadas a projetos de etnodesenvolvimento, assim como procuro observar de que forma esses projetos aparecem nos discursos locais, indígenas ou não. As dúvidas e questionamentos, quando não o repúdio direto, em relação ao termo “etnodesenvolvimento”, são constantemente visíveis tanto entre o movimento indígena quanto entre seus adversários, além dos órgãos institucionais que exercem papel intermediário nessa complexa trama de relações políticas e econômicas.
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