Patricia González Prado, Marianna Bacci Tamburlini
El presente trabajo describe un proceso de articulación entre dos contextos de investigación que, a primera vista, parecen distantes: la violencia contra las mujeres en Argentina y los procesos migratorios de mujeres en Portugal. Sin embargo, nuestra investigación conjunta indica que es posible identificar mecanismos análogos de categorización, control y subalternización en los tratamientos dados -teórica e institucionalmente- a las mujeres que atraviesan estos procesos. Nos proponemos abordar estas cuestiones a partir de una revisión crítica de los perfiles de mujer víctima y migrante vulnerable promovidos institucionalmente, visibilizando los mecanismos de representación y heteronomía de las mujeres, reflexionando sobre el tipo de ciudadanía que se promueven en este marco. Consideramos problemático que los mismos aglomeren una diversidad de mujeres con experiencias subjetivas diversas en perfiles esencializantes, y llamamos la atención sobre los múltiples impactos de esta categorización, en las construcciones y en las prácticas institucionales. Asimismo, argumentamos que una análisis de los mecanismos institucionales involucrados, retomando aportes de epistemologías críticas y feministas, puede contribuir a una reflexión más amplia sobre el género y la ciudadanía, y a desvelar mecanismos de (re)producción de las desigualdades sociales. En la presente contribución pretendemos compartir el proceso de nuestra articulación, aunque todavía en curso, con el intento de impulsar un debate sobre las repercusiones de la construcción y aplicación de las categorías institucionales.
This paper describes a process of articulation between two research contexts which, at first glance, seem distant: violence against women in Argentina and migration of women in Portugal. However, our research indicates that it is possible to identify similar mechanisms of categorization, control and subalternization in both theoretical and institutional approaches given to women transiting these processes. We intend to address these issues from a critical review of the institutionally promoted profiles of woman victim and vulnerable migrant, shedding lighton the mechanisms of representation and heteronomy of women, reflecting on the type of citizenship that are promoted in this context. We proble-matize the agglomeration of a variety of women with different subjective experiences in essentializing profiles, weunderline the multiple impacts of this categorization, in the construction and on institutional practices. Furthermore, we argue that an analysis of institutional mechanisms involved, resuming contributions of critical and feminist epistemologies, can contribute to a broader reflection on gender and citizenship, and uncover mechanisms of (re) production of social inequalities. In this contribution we intend to share the process of our on-going articulation, aiming at promoting a debate on the impact of the construction and implementation of institutional categories.
Este trabalho descreve um processo de articulação entre dois contextos de investigação que, à primeira vista, parecem distantes: a violência contra as mulheres e os processos migratórios de mulheres em Portugal. Contudo, a nossa investigação conjunta indica que é possível identificar mecanismos análogos de categorização, controlo e subalternização nos tratamentos dados, teórica e institucionalmente, às mulheres que atravessam estes pro-cessos. Propomonos abordar essas questões a partir de uma revisão crítica dos perfis de mulher vítima e migrante vulnerável promovidos institucionalmente, visibilizando os me-canismos de representação e heteronomia das mulheres, e refletindo sobre o tipo de cida-dania que se promove neste contexto. Consideramos problemático que se aglomere uma diversidade de mulheres com experiências subjetivas diferentes em perfis essencializantes e chamamos a atenção sobre os múltiplos impactos desta categorização nas construções e práticas institucionais. Ainda, argumentamos que uma análise dos mecanismos instituci-onais envolvidos, retomando as contribuições das epistemologias criticas e feministas, po-de contribuir para uma reflexão mais ampla sobre género e cidadania e para revelar os mecanismos de (re)produção das desigualdades sociais. Com o presente contributo preten-demos partilhar o processo da nossa articulação, mesmo que ainda curso, com o intuito de impulsionar um debate sobre as repercussões da construção e aplicação das categorias institucionais.
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