Gabriel de Ávila Othero, Mariana Terra Teixeira
We start from the results presented by Angelo & Santos (2017) on the disambiguation of sentences based on prosodic clues to try to clarify an issue that was unsolved in their research. The authors applied a comprehension task regarding sentences with NP1-V-NP2-Attribute structure (e.g. O pai visitou o filho feliz, ‘The father visited the son happy’ – ambiguous structure in Portuguese). One of their conclusions was that syllable stretching in the NP2 formed distinct prosodic domains between NP2 and the Attribute ([visitou o filhoϕ] [felizϕ], ‘[visited the sonφ] [happyφ]’), and that favors a non-local interpretation of the Attribute (one in which the Attribute is interpreted as modifying the subject, NP1, and not object, NP2). However, the authors noticeda variation between interpretations with local and nonlocal apposition in the comprehension of sentences without prosodic elongation. That is, according to the authors, the absence of prosodic marking would not favor one or the other interpretation, whereas elongated prosodic marking would favor a non-local interpretation. In our work, we argue that the disambiguation of this type of sentence depends basically on the resolution of a conflict between three differentgrammatical principles that are acting together in the disambiguation of sentences with this structure: a prosodic principle, a syntactic-computational principle and a semantic-pragmatic principle. In order to prove our point, we developed an off-line sentence comprehension test and applied it to 270 informants. Our results point to an interaction between these three principlesin the resolution of the ambiguity of these sentences.
Partimos dos resultados de Angelo & Santos (2017) em sua investigação sobre a desambiguação de sentenças com base em pistas prosódicas para tentar esclarecer uma questão que ficou em aberto em seu trabalho. As autoras realizaram um teste de compreensão com sentenças do tipo SN1-V-SN2-Atributo (e.g. O pai visitou o filho feliz) e chegaram à conclusão de que um alongamento nas sílabas do SN2, formando domínios prosódicos distintos entre SN2 e Atributo ([visitou o filhoϕ] [felizϕ]), favorece uma interpretação não local, em que o Atributo é interpretado como predicativo do sujeito e não como adjunto adnominal. Entretanto, as autoras perceberam uma variação entre as interpretações com aposição local e não local na compreensão de sentenças sem o alongamento prosódico. Ou seja, segundo as autoras, a ausência da marcação prosódica não favoreceria uma ou outra interpretação, ao passo que a marcação prosódica alongada favoreceria a interpretação não local. Em nosso trabalho, argumentamos que a desambiguação desse tipo de sentença depende basicamente da resolução de um conflito entre três princípios de diferentes naturezas gramaticais que estão atuando em conjunto na desambiguação de sentenças com essa estrutura: um princípio de natureza prosódica, outro de natureza sintático-computacional e outro de ordem semânticopragmática. Para provar nosso ponto, elaboramos um teste off-line de compreensão de sentenças e o aplicamos a 270 informantes. Nossos resultados apontam para uma interação entre esses três princípios na resolução da ambiguidade dessas sentenças.
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