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A Construção da Fonte Monumental da Alameda Afonso Henriques (1938-1948) através dos periódicos e do processo administrativo

    1. [1] "Universidade Lusófona de Lisboa"
  • Localización: On the W@terfront, ISSN-e 1139-7365, Nº. 15, 2010 (Ejemplar dedicado a: Arte Público en las dictaduras. La fuente monumental de Lisboa), págs. 3-34
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Building the Monumental Source Alameda Afonso Henriques (1938-1948) through journals and administrative process
  • Enlaces
  • Resumen
    • português

      Em 1940 o regime salazarista celebrava duas datas históricas (1140 e 1640) que considerava representativas da Nacionalidade. As datas correspondiam à formação do reino de Portugal e à proclamação de independência portuguesa em relação ao reino de Castela. Em 1938, o ditador Salazar divulgara o programa das comemorações e apelara aos serviços públicos para que mostrassem empenho na preparação do evento, demostrando a “grande capacidade realizadora de Portugal”.A proposta de construção de uma fonte monumental foi uma das iniciativas protagonizadas pelos serviços públicos, como resposta ao apelo de Salazar. A proposta, apresentada oficialmente em 1938, pela Comissão Fiscalizadora das Águas de Lisboa, era da responsabilidade do Ministério das Obras Públicas e Comunicações, dirigido então por Duarte Pacheco. No projecto contavam-se dois conjuntos escultóricos e dois painéis cerâmicos, complementando a estrutura arquitectónica do monumento. Considerava-se, também, programas de efeitos de água e luz como elemento valorizador da obra. Os terrenos da Alameda D. Afonso Henriques foram escolhidos para a implantação do monumento. Porém, a construção da obra, estimada em 480 dias, arrastou-se durante dez anos (1938-1948). Durante este período, o desenvolvimento do trabalho foi noticiado com entusiasmo pela imprensa, através de artigos em jornais e revistas, veiculados pela propaganda salazarista.O propósito deste artigo é dar a conhecer os episódios que motivaram o atraso na conclusão desta obra, procurando expor todo o processo de encomenda, desde começo até à sua conclusão em 1947.Inicia-se o artigo contextualizando a génese do projecto, integrante na programação das Festas dos Centenários e a sua relevação pela imprensa, comentando os artigos publicados. Em seguida, descrevem-se as etapas do desenvolvimento da obra, procurando expor os motivos de ordem económica e técnica que levaram ao adiamento do projecto e causaram demoras na execução dos trabalhos até à sua conclusão.A investigação baseou-se essencialmente em dados recolhidos no processo da obra, existente em arquivo. Os periódicos têm sido a fonte privilegiada para descrever a construção da Fonte Monumental. No entanto, atendendo ao contexto político da época, os periódicos pouco dizem sobre as lógicas que conduziram à concretização tardia da obra, já que a sua preocupação é, sobretudo, credibilizar e consolidar a imagem política do regime. Assim, neste estudo, a consulta aos periódicos fez-se pela necessidade em contextualizar as motivações de ordem politica e ideológica que acompanharam o lançamento da construção da obra. Na ausência de justificação sobre as causas que provocaram o atraso nos trabalhos, recorreu-se à consulta do processo administrativo da encomenda. Desta forma foi possível obter dados inéditos sobre a construção desta obra comemorativa tal como o lançamento de um concurso internacional para instalação eléctrica e hidráulica dos jogos de água ou ainda as contingências que motivaram o tardío começo da obra bem como a substituição de materiais primitivamente destinados às encomendas artísticas.

    • English

      In 1940 the Salazar regime celebrated two historic dates (1140 and 1640) wich were considered representative of the Nation. The dates correspond to the formation of the kingdom of Portugal and the proclamation of independence against the Portuguese kingdom of Castile. In 1938, the dictator Salazar disclose the program of the celebrations and appealed to public services to show commitment to the preparation of the event, demonstrating the "great capacity to achieve in Portugal."The construction of a monumental fountain was one of the initiatives practiced by public services in response to the call from Salazar. The proposal, presented formally in 1938 by the Supervisory Committee of the Waters of Lisbon, belonged to the Ministry of Public Works and Communications, then headed by Duarte Pacheco. The project counted two sets of sculptures and two ceramic panels, complementing the architectural structure of the monument. There were also considered programs based on effects of water and light as an element that values the work. The territory of Alameda D. Afonso  Henriques was chosed for the deployment of the monument. However, the construction of the work, estimated at 480 days, dragged on for ten years (1938-1948). During this period, development work was reported with enthusiasm by the press, through articles in newspapers and magazines, propaganda disseminated by Salazar.The purpose of this article is publicizing the events that led to the delay in completion of this work, seeking to expose the entire order process from beginning to its completion in 1947.It begins the article contextualizes the genesis of the project, an integral in the planning of celebrations of the centennial and its relief by the press, commenting on published articles. Then, we describe the development phases of the work, trying to explain the reasons of economic and technical that led to the postponement of the project and caused delays in implementing the work until its completion.The research was based primarily on data collected in the process of work, existing file. The journals have been the prime source to describe the construction of the Monumental Fountain. However, given the political context of the time, the journals say little about the logic that led to the belated realization of the work, since their concern is, above all, credibility and consolidate the political image of the regime. In this study, the consultation of journals made by the need to contextualize the motivations of political and ideological order that accompanied the launching of the construction. In the absence of justification on the grounds that caused the delay in the work, we used to see the file's administrative order. This made it possible to obtain unpublished data on the construction of commemorative works such as launching an international tender for electrical installation and plumbing of water games or contingencies that led to the tardy commencement of the works and the replacement of material originally intended for artistic commissions.


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