Socorro, Portugal
Throughout its History, and especially during the Hellenistic period, Carthage is known to strongly rely on the use of mercenaries. Together with the Libyan and Numidian contingents, these men, who came from the most diverse origins, composed the greater part of Carthaginian armies. However, they are never known to occupy the high ranks of the army, which seem to always belong to a group of the Carthaginian aristocracy that one may call a ‘military elite’. In 255 BCE, for the first and only time in records, a foreigner assumes the role of general, granting a victory by the Bagradas river, which ensured the capture of the Roman consul, the defense of the city of Carthage and the Roman retreat of North Africa.
The commander is Xanthippus, said of Lacedemonia, unheard of until 255 BCE, disappearing from historical records following that year. This article is an attempt to trace the origins of Xanthippus, as well as his actions during and after the First Punic War, connecting pieces of information in an attempt to understand not only his particular lifecourse, but also to place hypotheses on the journey of mercenaries across the Hellenistic Mediterranean.
Ao longo da história, e especialmente durante o período Helenístico, Cartago é conhecida por depender fortemente do uso de mercenários. Juntamente com os contingentes Líbios e Númidas, estes homens, oriundos das mais diversas origens, compunham a maior parte dos exércitos cartagineses. Contudo, nunca surgem como ocupantes dos altos cargos do exército, que parecem pertencer sempre a um grupo da aristocracia cartaginesa a que se pode chamar ‘elite militar’. Em 255 a.C., pela primeira e única vez registada, um estrangeiro assume o papel de general, garantindo uma vitória junto do rio Bagradas, que assegurou a captura do cônsul romano, a defesa da cidade de Cartago e a retirada romana do Norte de África. O comandante é Xântipo, dito da Lacedemónia, do qual não se ouve falar até 255 a.C., e que desaparece dos registos históricos após esse ano. Este artigo é uma tentativa de traçar as suas origens, bem como as suas acções durante e após a Primeira Guerra Púnica, ligando fragmentos de informação numa tentativa de compreender não só o seu percurso particular, mas também de colocar hipóteses quanto à jornada dos mercenários através do Mediterrâneo helenístico.
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