Arquíloco de Paros é, por antomásia, o poeta do amor. Há, no entanto, fragmentos que elegem como eixo temático os dons de Éros. Manifestam-se sob vários tons: ternura, paixão, sensualidade. Por vezes, o amor, modulando-se pelo diapasão dos impulsos instintivos, converte-se em obscenidade, expressa segundo os acordes da virulência do desprezo; substitui a ternura· pela invectiva e escárnio. O discurso amoroso insere-se, então, nos domínios da poesia do psógos.
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