Em Impuesto a la carne, a escritora chilena Diamela Eltit expõe um quadro alegórico da nação chilena em seu bicentenário, representado por meio da relação simbiótica entre mãe e filha, personagens que compartilham, por duzentos anos, uma existência precária no micromundo de um hospital. Tendo por base teórica os apontamentos de Walter Benjamin sobre a alegoria e os estudos das alegorizações fundacionais e pós-ditatoriais de Doris Sommer e Idelber Avelar, se propõe aqui uma leitura parcial da obra, levantando algumas questões sobre sua operatividade alegórica, principalmente no que se refere às relações conflitivas entre sujeito e nação, história e testemunho, poder e resistência.
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