Este artigo faz uma revisão do conceito de gênero da Clínica da Atividade de Yves Clot. O objetivo é demonstrar que a noção de gênero é incompatível com a ideia de representação mental do cognitivismo. Os operadores não agem com base em representação mental mas sim com base no conjunto de regras e normas tácitas do gênero. Eles não representam um mundo exterior objetivo como se a mente o espelhasse. Na verdade eles sentem, percebem e agem de acordo com o seu gênero, que funciona como um guia para a ação eficaz sem a necessidade de uma representação mental. A mente não realiza um processamento de símbolos como um computador, mas funciona amparada pelo gênero enquanto uma categoria social e histórica que apoia a ação individual dentro de um coletivo.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados