O último romance do autor amazonense Milton Hatoum vai contra o conceito de identidade na lógica ocidental. Mostra a diferença entre um conhecimento que se baseia em frases enunciativas e um conhecimento não discursivo ou intuitivo que se adquire através da experiência. A análise do romance Órfãos do Eldorado mostra como um texto literário facilita esta »experiência ilógica« do não-cognitivo, através da utilização da metáfora e da analogia e mediante uma troca constante entre diferentes modos de compreensão do mundo (percepção sensorial, sonho, desejo, memória, etc.), sendo o ponto fundamental da reflexão de Hatoum a idéia de que a identidade não é fixa nem homogênea.
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