Esse artigo discute a história das trabalhadoras domésticas na escravidão e no pós-Abolição, em Recife e Salvador. Argumenta que os chamados “criados de servir”, em especial na década de 1880, obtinham ganhos e percebiam seus limites no interior do paternalismo. Direitos costumeiros, táticas informais, expectativas mútuas eram buscadas no rol de experiências sociais mais conhecidas. Negociações e conflitos, ainda que entre partes desiguais na relação de poder, permaneceram marcados, no cotidiano, pelos costumes. A Monarquia e, depois, a República, pretendeu regulamentar as relações entre as trabalhadoras domésticas (“criados de servir”) e seus patrões em diversos municípios. Discuto o alcance e limites desses regulamentos.
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