A construção da rodovia Transamazônica, em 1970, motivou manifestações de euforia com a possibilidade de “ocupação” da Amazônia e exploração de suas muitas riquezas, mas também preocupações com os riscos que tal obra poderia propiciar à saúde pública. A análise de projetos e relatórios oficiais, entrevistas com moradores, jornais de circulação nacional e ensaios publicados no período, evidencia que houve investimentos em saúde pública, mas que não foram suficientes, pois ocorreram casos consideráveis de mortes de operários e agricultores por doenças e acidentes. As forças de repressão buscaram ocultar as notícias sobre enfermidades na Transamazônica, pois ela era parte fundamental dos grandes empreendimentos que, segundo a ditadura, contribuiriam para alçar o Brasil ao posto de potência mundial.
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